MPT e Volkswagen realizam nova audiência sobre exploração de trabalho escravo em fazenda da empresa

Instituição ressaltou gravidade das violações de direitos humanos praticadas

São Paulo, 29/09/2022 – O Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou, nesta quinta-feira (29), nova audiência administrativa com a Volkswagen do Brasil para discutir o caso de trabalho escravo praticado na Fazenda Vale do Rio Cristalino (Fazenda Volkswagen), no Pará. A reunião ocorreu na sede do MPT em São Paulo.

Durante a audiência, o MPT ressaltou mais uma vez a responsabilidade da empresa nas graves violações de direitos humanos praticadas na fazenda. De acordo com as investigações, essas violações incluiriam falta de tratamento médico nos casos de malária, impedimento de saída da fazenda, em razão de vigilância armada ou de dívidas contraídas (servidão por dívidas), alojamentos instalados em locais insalubres, sem acesso à água potável e com alimentação precária.

Foi agendada nova audiência administrativa para o dia 29 de novembro, às 14h, na sede do MPT em São Paulo.

Entenda o caso – Em 2019, o MPT recebeu documentação impressa relacionada a situações de submissão de trabalhadores a condições análogas às de escravo na propriedade. O material foi reunido pelo padre Ricardo Rezende Figueira, que, à época, era coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) para a região do Araguaia e Tocantins da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Para apurar as denúncias, foi constituído um grupo de trabalho composto por procuradores do Trabalho, com ampla experiência no combate ao trabalho escravo contemporâneo.

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