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Casa de Saúde do Guarujá deverá afastar funcionárias gestantes do trabalho presencial e promover teletrabalho

Acordo foi feito com o MPT e atende à lei que determina o afastamento imediato de grávidas do ambiente de trabalho enquanto perdurar a pandemia de covid-19; Hospital ainda deverá doar cestas básicas a comunidade local

 São Paulo, 3 de setembro - A Casa de Saúde do Guarujá assinou um acordo judicial com o Ministério Público do Trabalho em Santos e irá afastar das atividades presencias seis funcionárias gestantes, que deverão exercer suas funções por meio do sistema de home office ou qualquer outra forma de trabalho remoto enquanto durar a pandemia de covid-19. O compromisso assinado é resultado de Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho, cuja sentença atendia os pedidos do órgão.


A ACP foi ajuizada pelo MPT em Santos após uma denúncia anônima afirmando que o hospital não estaria cumprindo a Lei 14.152 de maio de 2021 que determina o afastamento das gestantes do trabalho presencial enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. Uma ação fiscalizatória realizada pelo CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), confirmou o fato relatado na denúncia.

Durante a investigação, o MPT enviou à administração do hospital a notificação recomendatória sobre o trabalho da gestante durante a pandemia, e a lei a respeito do tema, solicitando que a associação hospitalar retirasse da escala de trabalho as gestantes, garantisse que estas o direito a home office com remuneração assegurada, aceitasse o afastamento mediante atestado médico e que, em caso de não haver possibilidade pessoal para realização de home office, não ficaria configurada justa causa para rescisão contratual.

Com acordo homologado, a instituição se compromete a cumprir com as obrigações proposta pela notificação recomendatória, além de destinar 200 cestas básicas para duas comunidades locais.

A justiça ainda determinou que em caso de desrespeito a decisão o hospital deverá pagar uma multa diária de R$500,00 por cada trabalhadora gestante irregular. E, caso as doações não sejam feitas, a ré pagará multa no valor único de R$ 25.000,00. O valor será revertido para o Fundo de Amparo ao Trabalhador ou outra entidade indicada pelo autor da ação.

Atualização- Começam a ser entregues na sexta-feira, 10 de setembro, 200 cestas básicas para famílias vulneráveis do município de Guarujá. As 100 primeiras cestas serão entregues na  Unidade de Saúde da Família (USAFA) Cidade Atlântica, e serão destinadas às famílias da comunidade da Barreira João Guarda. As outras 100 serão entregues à Igreja Adventista do Sétimo Dia, para distribuição na comunidade da Prainha.

Texto: Lucas de Almeida Andrade

Supervisão e edição: Ludmila di Bernardo

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