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MPT fala a profissionais da beleza sobre segurança e saúde no trabalho

O Ministério Púbico do Trabalho em São Paulo (MPT-SP) participou ontem (8) do 5º Seminário em Gestão de Negócios em Salões, Clínicas e Spas, que aconteceu na feira Beauty Fair, para esclarecer dúvidas de profissionais da beleza sobre a gestão de saúde e a segurança em seus estabelecimentos.

Quem respondeu às perguntas, e fez alertas, foi a procuradora do Trabalho Alline Oishi Delena. “Sinto que a questão da segurança nos salões está abandonada”, afirmou, relatando a conclusão de uma pesquisa da de Gilka Gattás, médica geneticista da Universidade de São Paulo, segundo a qual as cabeleireiras correm mais risco de ter câncer do que a população em geral. Isso se deve, segundo a procuradora, à exposição a diversos produtos químicos no dia-a-dia, como o conhecido formol. “Dra. Gilka fez a pesquisa mesmo antes de o formol aparecer (no mercado), e agora, na era pós-formol, tem feito novos estudos nos salões. Tenho até medo de ver os resultados”, disse Alline.

A procuradora afirmou que os donos dos salões são responsáveis por providenciar equipamentos de segurança coletiva (como exaustores) e individual (luvas, máscaras), mesmo que os profissionais que trabalhem no salão sejam autônomos ou terceirizados, em vez de empregados. “Quando um engenheiro ou qualquer outra pessoa visita uma fábrica, ele é obrigado a colocar capacete, mesmo que não seja empregado da construtora”, disse.

Ela acrescentou que o MPT-SP vem elaborando junto à Vigilância Sanitária uma norma com objetivo de mudar a forma de funcionamento dos salões e da indústria. A norma exigirá, entre outros fatores, salas especiais para aplicação de química. Também obrigará as empresas a especificar com clareza, nos rótulos dos produtos, não só quais substâncias estão presentes, mas o que o profissional deve usar para proteger a si e às clientes na aplicação do produtos.

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